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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Vegetação Típica do Semiárido


 CAATINGA
     A Caatinga estende-se por 800.000 km2 do nordeste brasileiro, incluindo os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, a ilha de Fernando de Noronha, a maior parte da Paraíba e Pernambuco, o sudeste do Piauí, o oeste de Alagoas e Sergipe, a região norte e central da Bahia, e uma faixa que passa por Minas Gerais seguindo o rio São Francisco juntamente com um enclave no vale seco do rio Jequitinhonha. Quase 30 milhões de pessoas vivem e dependem da biodiversidade dessa “floresta branca” (tradução do termo Caatinga - em Tupi-guarani), que caracteriza bem o aspecto da vegetação na estação seca, quando as folhas caem e apenas os troncos brancos e brilhosos das árvores e arbustos permanecem na paisagem.
CARACTERÍSTICAS DA CAATINGA
       Comparada a outras regiões brasileiras, a Caatinga apresenta muitas características meteorológicas extremas: a mais alta radiação solar, baixa nebulosidade, alta temperatura média anual, baixas taxas de umidade relativa, e, sobretudo, precipitações baixas e irregulares, limitadas, na maior parte da área, a um período muito curto no ano. Fenômenos catastróficos são muito freqüentes, tais como secas e cheias, que, sem dúvida alguma, têm modelado a vida animal e vegetal particular da Caatinga.
ESPÉCIES TÍPICAS DA CAATINGA
        As mais típicas dentre as 932 espécies de plantas existentes na Caatinga são prova dessa adaptação. Órgãos de armazenamento de água são típicos em alguns casos como o do umbuzeiro (Spondias tuberos), das barrigudas (Cavanillesia arborea), das maniçobas (Manihot spp.), do pau-mocó (Luetzelburgia auriculata), do xique-xique (Pilosocereus gounellei), do mandacarú (Cereus jamacaru), dentre outras .
FAUNA DA CAATINGA
    Estudos mostram que a fauna da Caatinga se distingue daquelas das populações de outros ecossistemas. Hoje podemos listar 143 espécies de mamíferos, dentre eles: pelo menos 10 espécies de marsupiais; 64 espécies de morcegos; 34 espécies de roedores; uma espécie de lagomorfa (tapiti); 14 espécies de carnívoros; quatro espécies de Artiodactyla (catetos, queixadas e veados), uma espécie de anta; seis espécies de primatas; nove espécies de edentados (tamanduás, tatus e preguiças). As duas espécies endêmicas, os roedores Kerodon rupestris e Wiedomys pyrrhorhinus, encontram-se hoje amplamente distribuídas na Caatinga. Até o momento também foram registradas 185 espécies de peixes (57% endêmicos) e 154 répteis e anfíbios.
IMPORTÂNCIA DA PRESERVAÇÃO DA CAATINGA
   De forma mais específica, a conservação da Caatinga é importante para a manutenção dos padrões regionais e globais do clima, da disponibilidade de água potável, de solos agricultáveis e de parte importante da biodiversidade do planeta. Infelizmente, a Caatinga permanece como um dos ecossistemas menos conhecidos na América do Sul do ponto de vista científico. “O resultado é que várias espécies encontradas na Caatinga estão ameaçadas de extinção global, como mostra a lista oficial de espécies ameaçadas do IBAMA, e uma espécie de ave está oficialmente extinta na natureza: a ararinha-azul (Cyanopsitta spixii). Esses indicadores refletem, de forma inequívoca, a ausência de políticas voltadas para a conservação da biodiversidade da Caatinga e de seus demais recursos naturais”, explica Silva.
Da redação do Nordeste Rural
http://comandocarcara.blogspot.com/2011/06/caatinga-nordestina-e-rica.html

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